O Comitê Popular da Copa, que reúne dezenas de organizações e movimentos sociais, realizará no próximo sábado (1º) um ato público em frente ao estádio para protestar contra a privatização do Complexo do Maracanã e as demolições do Museu do Índio, do Célio de Barros, do Júlio Delamare e da Escola Friedenreich. O ato, que começará com uma passeata que irá da praça Saenz Peña, no bairro da Tijuca, até o Maracanã, deverá contar com a presença de vários atletas e artistas que aderiram à causa.

O movimento conta com o precioso apoio do cantor e escritor Chico Buarque, que gravou um vídeo no qual aparece vestido com uma camisa com a estampa “O Maraca é Nosso!” e talvez marque presença no ato de sábado. Na gravação, o tricolor Chico afirma ser “freqüentador do Maracanã há mais de 60 anos” e se coloca contra o projeto de concessão do estádio: “É um espaço público que deve permanecer público e não ser privatizado. Não só o estádio de futebol, como o seu entorno: o Célio de Barros, o Júlio Delamare, a Aldeia Maracanã e a Escola Friedenreich, assim como o Maracanãzinho. Acho que a gente deve lutar para que esse espaço permaneça um espaço popular, um espaço público. O Maraca é nosso! O Maraca não está à venda!”, diz.

A presença de grandes nomes do esporte também é dada como certa, já que entidades como a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e atletas e ex-atletas do porte de Cesar Cielo, Poliana Okimoto, Kaio Márcio, Gustavo Borges, Robson Caetano e Arnaldo de Oliveira Silva, entre outros, já se manifestaram publicamente de forma contrária à demolição do Célio de Barros e do Júlio Delamare: “A partir do dia em que a gente precisar fazer índices, em que a gente precisar de uma piscina rápida, a gente vai ficar devendo. Vai ser só lembrança mesmo”, lamenta Cielo.

Extraído da matéria de Maurício Thuswohl, da Rede Brasil Atual veja matéria completa aqui